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Filho, falta muito?, por Eco Moliterno

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Não há nada mais imprevisível do que as previsões do futuro. São palpites de todos os tipos, e quanto mais as pessoas tentam adivinhar o que está por vir, mais engraçado fica. Por isso, sempre me divirto muito lendo o que previram no passado para a época em que estamos vivendo hoje – e, com certeza, meus netos ainda darão muito mais risadas do que eu.

Afinal, se todos tivessem acertado suas previsões até hoje, já estaríamos fazendo odisséias espaciais para Júpiter desde 2001 – e ligando do espaço para dar notícias aos familiares por uma tela de vídeo (nesse último caso, Mr. Stanley Kubrick e Mr. Arthur Clarke apenas anteciparam o Skype em alguns anos e estão mais do que perdoados).

Outro dia assisti de novo ao maravilhoso De Volta Para o Futuro II – segundo episódio da única trilogia futurista que virou nostálgica – e, pasmem, a história se passa em 2015! Eu sei que ainda faltam alguns anos até lá, mas duvido que já estejam projetando estádios do Rio para receberem carros voadores durante as Olimpíadas de 2016.

O mais engraçado é que, ao mesmo tempo em que ‘erram na mosca’ nas previsões, os videntes se equivocam em detalhes banais que já são futuro há muito tempo. Nesse filme, por exemplo, o Marty McFly – vestindo uma jaqueta incrível, que se ajusta ao corpo e seca automaticamente quando molhada – fica acompanhando as notícias da sua cidade por um jornal impresso em preto e branco (!), além de se comunicar com o ‘Doc’ Brown por um walkie-talkie modelo ‘tijolão’ com uma antena gigantesca. Internet e celular, nem pensar né?

Por essas e outras, em vez de tentar adivinhar como será a propaganda no futuro, prefiro evitar as risadas póstumas dos meus bisnetos e usar esse espaço para contar como o futuro já está influenciando a comunicação no presente. Pois quem trabalha com internet desde o século passado, como eu, sabe muito bem como é difícil carregar o fardo de ser um ‘profissional do futuro’ – expressão que só perde para o ‘molecada da internet’. Esse rótulo nada mais é do que uma forma de empurrar pra frente o sucesso (e os aumentos salariais) de quem já entrou no mercado com uma proposta diferente: dialogar de igual para igual com o consumidor – em vez de falar de cima pra baixo, como a publicidade ‘tradicional’ quase sempre faz.

E não será preciso esperar muitos anos pra ver essa revolução chegar ao Brasil. Basta observar o que já está acontecendo em outros países. Mês passado, por exemplo, o todo-poderoso Google – que desde 2006 já é a marca mais valiosa do planeta à frente de nomes clássicos como Coca-Cola, IBM, Microsoft e McDonald’s – deixou de ser o site mais acessado nos Estados Unidos. Ele foi superado pela despretensiosa invenção de um jovem programador que, aos 20 anos – quando ainda morava no dorm room da faculdade -, criou um sistema para juntar todos os seus amigos online, batizando-o de Facebook em homenagem à tradição das escolas e universidades americanas de fazerem livros com as fotos de todo mundo. E hoje sua invenção já tem fotos do mundo todo.

Mas não para por aí. O Chat Roulette, atual fenômeno da internet, foi criado no final do ano passado, em Moscou, por um garoto mais novo ainda, de 17 anos – que também batizou sua criação em homenagem a uma tradição de seu país, a roleta russa. E agora é mais um jovem prodígio com grandes chances de ser juntar ao grupo dos milionários com espinhas no rosto.

Nas próprias agências, já é bastante comum ver profissionais dos degraus mais altos da hierarquia publicitária consultando seus estagiários antes de lançarem uma determinada ação – com medo de estarem usando um ‘discurso de tio’ em suas campanhas. Por sua vez, os assistentes sentem-se cada vez mais à vontade para palpitar nos anúncios dos seus chefes – pois o cenário mudou tanto que quase não se ouve mais os mantras do tipo “vai por mim” ou “faço isso há muito mais tempo que você”.

Ou seja, o jogo está virando. E rápido. O poder já está passando para as mãos dos mais novos, que estão até ousando ensinar os mais velhos como será o mundo daqui pra frente. Enquanto isso, os desavisados continuam achando que isso tudo é algo passageiro – e se não mudarem logo de opinião, correm um sério risco de perder o lugar na janelinha. Do bonde.

Afinal, quanto maior for essa mistura, melhor será para as empresas, que conseguirão aliar a experiência dos que já têm cabelo branco com a ousadia de quem ainda tem a carteira de trabalho em branco. Aí acabaremos de vez com todos os rótulos para, juntos, virarmos os ‘profissionais de comunicação do presente’ – sem aquelas facções de on e off que transformaram o line em um cabo de guerra. Mas, infelizmente, esse ainda é um discurso muito mais fácil de ser dito do que ser feito – tanto que muitos falam que fazem, mas poucos fazem o que falam.

Meu conselho aos ‘digitalizados’, que já acordaram para o fato de que a comunicação sofrerá mudanças radicais nos próximos anos: continuem perguntando aos mais novos quanto tempo ainda falta para essa virada definitiva acontecer. Já aos ‘analógicos’, que ainda insistem em achar que tudo permanecerá como está, das duas uma: ou vocês resolvem ir logo de volta para o futuro ou podem ir perguntando para seus filhos quanto tempo ainda falta para sua aposentadoria.

E para quem está chegando ao mercado de trabalho agora, uma dica fundamental: entre sem bater nos mais velhos. Não repita o erro que muitos deles cometeram com os mais novos e dispa-se de qualquer preconceito ao abrir um anuário ou conversar com um profissional mais antigo que você – não importa se ele é da época do pop up ou do paste up. Lembre que sua profissão só existe hoje porque alguém a inventou no passado, e cabe a você reinventá-la nos próximos anos – para que assim, no futuro, a ideia de que ‘a publicidade está morrendo’ seja tão fictícia quanto o skate voador do Marty McFly.

Mas tudo isso, claro, se a previsão dos Maias estiver errada e o mundo não acabar em 2012.

Eco Moliterno, diretor de criação da Africa

De volta às tribos…

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Já havia visto o vídeo dessa apresentação de Seth Godin no ano passado, mas ela continua atualíssima!

Seth Godin fundou e foi CEO de uma das primeiras companhias de marketing online, a Yoyodyne, que mais tarde vendeu ao Yahoo!. Em 1998, e como parte da venda, Godin tornou-se Vice-Presidente de Marketing de Permissão do Yahoo!.

Godin ficou famoso por ser o autor de um dos blogs sobre marketing mais famosos em todo o mundo e por ser autor de livros cuja originalidade é aplaudida pelos leitores. Godin escreveu muitos livros, sobre diversos temas, mas foram os livros que veiculam a sua particular e inovadora ideologia de marketing que o tornaram mais famoso: Permission marketing: turning strangers into friends, and friends into customers , eMarketing, etc.

Também escreveu o ótimo e bastante comentado “A Vaca Roxa – Como transformar sua empresa” que levanta a questão de que a propaganda não é mais capaz de ajudar as empresas a vender produtos comuns para pessoas comuns. O mercado de massa que construiu tantas marcas excepcionais já não consegue sustentar as empresa. Somente o que for excepcional, incrível e notável tem alguma chance de tornar-se conhecido, comentado e lucrativo. Vale a pena a leitura!

Mas, voltando ao vídeo, nessa apresentação Godin fala da mudança do Marketing de Massa para o “Marketing de Tribo”, algo menor e muito mais segmentado.

Para versão com legenda em português coloque “Subtitle Available in: Portuguese (Brazil)”

Dicas de Redes Sociais para empresas – Parte II

quinta-feira, 8 de abril de 2010

OBJETIVO: É essencial ter primeiro o objetivo em vista para preparar as estratégias e depois aplicá-las nas redes sociais. Uma dica importante é que as empresas não deve esperar ou ter como objetivo principal a vendas diretas através das redes sociais. As vendas são conseqüência de um trabalho bem-feito de relacionamento, mas não devem ser vistas como o principal objetivo. Na maioria das vezes as vendas diretas nem sequer acontecem, pois dependerão muito do tipo de produto e do target, mas isso não diminui a importância das redes sociais na estratégia de comunicação. Muitas vezes é o relacionamento criado por uma marca nas redes sociais que dá o primeiro passo para uma venda futura, pois é ele que garante a proximidade e confiança na marca ao longo do tempo junto aos prospects clientes.

Muitos podem ser os objetivos com as redes sociais: criar um relacionamento mais próximo de seus clientes, aumentar sua audiência, tornar sua marca mais conhecida e etc. Essa resposta só a empresa que pretende atuar nas redes sociais pode dar.

Só depois de definir o objetivo é que deve ser traçada a estratégia para atingi-lo, levando sempre em consideração as peculiaridades de cada rede. Não adianta transformar uma apresentação em Power Point em vídeo e colocar slides cheios de texto no Youtube, por exemplo. Não é isso que os membros dessa comunidade esperam. Respeite o território das redes sociais, pois elas são mesmo uma tribo, uma micro-sociedade com cultura própria. Tentar desrespeitar essa cultura é como ofender os integrantes da rede ou ser ridicularizado por eles. É como abrir uma rede de fast-food na aldeia dos índios Pataxó. Não funciona!

Na web 2.0 é preciso transformar o chato em relevante

terça-feira, 6 de abril de 2010

Na nova era da Internet, relevância é algo imprescindível. Ninguém entra em site algum para ler um conteúdo chato. Há muita informação disponível e conteúdo interessante para ser visto por aí. Não há motivos para que o consumidor se prenda aos antigos padrões de comunicação e aos assuntos chatos que se passam pela web. Se o conteúdo não for atrativo, basta umclique para mudar todo o cenário. A audiência está nas mãos dos consumidores, dos internautas. Já não são mais as empresas que escolhem o que querem que o mercado veja. Ao contrário.

Mas se há algo que realmente uma empresa deseje transmitir ao consumidor, esse conteúdo tem que ser transformado em algo especial, diferente, divertido e atrativo de alguma forma para que seja visto. A marca Johnnie Walker fez muito bem essa tarefa. Transformou algo que a princípio é chatíssimo, mas consta nas páginas de todos os sites e quase ninguém lê, em um vídeo simpático, interessante e que prende a atenção do consumidor.

Johnnie Walker transformou a famosa aba de todos os sites, a história da empresa, em conteúdo relavante:

Lá vai mais uma vez Johnnie Walker surpreender os consumidores. Não é por acaso que a marca é conhecida – e reconhecida – não só pelos apreciadores de whisky, mas também por todos aqueles que adoram sua forma de se comunicar com os consumidores. Go Johnnie, go!

Será que existe mesmo o cargo de “especialista em redes sociais”?

sábado, 27 de março de 2010

Outro dia me perguntaram se eu era especialista em mídias sociais. Não acho que eu seja e também não acho que outro alguém também o seja. Particularmente eu não levo muito a sério esse “título”. O que eu levo a sério são profissionais competentes em comunicação/marketing e vou explicar porquê.

A grande verdade é que há especialistas em comunicação e em marketing. As redes sociais são só UMA mídia. As redes são o veículo, o meio pelo qual passa a comunicação de um lado para o outro, mas não são a comunicação em si. O sucesso de empresas que estão nas redes sociais vem do processo e não da ferramenta.

Muitas pessoas utilizam as redes sociais hoje, mas são centenas de redes diferentes e todos os dias surge alguma rede nova. É impossível alguém (o tal do “especialista”) conhecer todas elas a fundo para que realmente possa denominar-se especialista. A maioria das pessoas conhece essas mídias apenas como usuários. Os profissionais de comunicação e marketing conhecem essas redes como usuários, mas sabem aplicar estratégias de comunicação nelas e medir os resultados.

Não basta só saber usar a rede social, somente mexer na ferramenta. A rede social só funciona para uma empresa se vier atrelada com uma estratégia de comunicação. Por isso, mais importante é ter um bom profissional de comunicação do que alguém “especialista” em redes sociais. De repemnt você encontra alguém que conhece bem a ferramenta, mas pode fazer m estrago enorme com ela na comunicação da sua empresa com o público.

Não é porque alguém sabe jogar bem futebol que será um bom técnico. Não é porque alguém sabe mexer nas ferramentas do Photoshop que será criativo. O mesmo acontece com as redes sociais. Não é porque alguém conhece bem as redes que criará estratégias eficazes nela para sua empresa.

Preocupe- se em ser um bom profissional de comunicação e marketing ou ter um bom profissional de comunicação e marketing em sua empresa. Os conhecimentos dessas duas áreas é que vão manter você no mercado ou garantir o sucesso de sua marca junto aos seus clientes. Já as mídias com as quais você vai atuar vão depender muito do momento e das novidades tecnológicas. A bola da vez hoje são as redes sociais, mas já foram um dia o rádio, o cinema e a TV. Mudam-se as mídias, ficam a sabedoria e conhecimento da comunicação.

Gestão de marca é indispensável

quarta-feira, 17 de março de 2010

A marca de uma empresa é como o corpo humano, se não está saudável, os órgãos (produtos) vão falindo aos poucos. Por isso é tão importante que haja investimento não só nos produtos, mas também na marca em si. Gerir a marca para que ela se torne conhecida e preferida por seus clientes é indispensável para manter a saúde dos negócios e a vida útil dos produtos.

Outro ponto importante é que o investimento na marca deve ser constante. Não basta só investir quando as vendas estas estão deslanchando. Não investir de forma regular na marca é um grande engano que muitas empresas cometem. É preciso investir na marca faça chuva ou faça sol. È necessário investir quando o negócio está lucrativo e também quando está em crise, pois depois que a crise passar, certamente seus produtos terão perdido relevância no mercado e vai ser ainda mais difícil se recuperar da baixa nas vendas se não houver investimento na marca neste período.

Outro engano é achar que se pode fazer um ‘boom”de investimento, comunicação e publicidade por determinado período e depois descansar por algum tempo só colhendo os frutos de sua popularidade. Não funciona! O mercado esquece rapidamente de tudo hoje, principalmente com tantas opções para todo o tipo de produto. È muito mais provável que durante esse período que as empresas acham que estão colhendo os frutos de seus investimentos passados, venha algum concorrente e ocupe todo o seu espaço que era do seu produto e da sua marca na mente e na vida dos consumidores.

Então, conforme-se, investir na comunicação da marca com o mercado é indispensável!

Não é à toa que a Unilever investiu milhões de reais nos últimos 5 anos para elevar de 7 para 73% o conhecimento de sua marca pelos brasileiros. E o investimento vale a pena, pois o retorno a médio prazo é realmente nas vendas. Construir uma marca sólida demanda tempo e dinheiro, mas o investimento volta em dobro quando bem feito.Hoje os brasileiros tem noção de que a Unilever é a marca-mãe de milhares de produtos que eles já consumiam ou que vieram a consumir porque passaram a confiar na marca devido ao investimento feito nela.

O investimento em marca também beneficia lançamentos de produtos, pois quanto mais conhecida, confiável e preferida a marca é no mercado, menos ela tem que investir no lançamento de um produto, pois os consumidores já tem uma pré-disposição a aceitar o produto mesmo pelo simples fato de estar familiarizado com a marca. Assim é a Apple, por exemplo. Basta Steve Jobs lançar o IPad que os aficcionados pela marca nem estão tão preocupados com os recursos, com possíveis melhorias, com o preço, popis tudo isso é detalhe quando se fala de Apple. A marca é tão forte e seus produtos tão confiáveis que mesmo antes de ser lançado o IPad já era um sucesso, mais de 152 mil unidades do produto já haviam sido vendidas nos três primeiros dias de pré-venda.

Mais com menos. Será que sempre dá certo?

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Hoje li uma matéria sobre tendências de carreira após a crise. Muitas empresas dispensaram profissionais das áreas de comunicação e marketing no final de 2009 alegando cortes nos orçamentos devido ao colapso financeiro.

Não é porque eu trabalho na área de comunicação, mas, particularmente, acho que esse pensamento acaba fazendo com que muitas empresas metam os pés pelas mãos. Se pararmos para pensar, é na crise que mais precisamos de comunicação. Comunicação com o mercado é essencial e em tempos de crise é mais necessária ainda. É na crise que as pessoas precisam saber que sua empresa existe, seja para comprar de imediato ou para lembrar de sua marca depois que a crise passar. O consumo sempre volta, mais dia, menos dia, portanto, a marca que estiver presente na mente do consumidor mesmo nos tempos de crise, certamente vai ser a mesma que esse consumidor lembrará na hora de comprar quando seu poder de consumo estiver equilibrado novamente.

Comunicação e marketing são pra vida toda. São como filhos: tem que cuidar pra sempre. Abriu uma empresa? Prepare-se e conforme-se: você vai ter que se comunicar!

As vendas só existem porque são comunicadas de alguma forma, então, por que cortar justamente as pessoas de comunicação e marketing na hora da crise? Caso alguém tenha uma boa resposta para a questão, contribua.

Mas voltando ao assunto das tendências de carreira após a crise, muitas (ou todas) as empresas que demitiram funcionários dessas áreas estão contratando novamente outros profissionais e exigindo mais com menos. Sim, agora estão contratando um único profissional para ocupar um lugar que antes era preenchido por três, quatro profissionais. Exigir qualificações e experiências tão diversas de uma única pessoa será suficiente para atender as expectativas de crescimento e retomada dessas empresas? Será que essas MAIS exigências COM MENOS pessoas (e provavelmente salários menores) vai atrair gente realmente qualificada? Para quem stá contratando, vale pensar a respeito. Em alguns casos, mais com menos nem sempre gera o melhor resultado.

O valor da comunicação

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quando me formei em Design Gráfico saí da faculdade disputando o mercado de trabalho com formados e não-formados. Eu realmente não tinha noção do quanto esse mercado ligado à comunicação poderia ser amplo.

Em algumas profissões como medicina e advocacia, é necessário ter estudo comprovado para exercê-las. Tirando o fato de que em qualquer profissão existem charlatões, os recém-formados disputam de forma um pouco mais leal entre eles mesmos e os bons profissionais são valorizados.

No design, na publicidade, no marketing, na comunicação, não. Ainda não se vê uma diferença significativa entre profissionais e amadores. E existe uma grande, uma enorme diferença aí.

A verdade é que não importa ter um diploma ou não, se a pessoa realmente for um profissional brilhante. Mire-se em Steve Jobs, ele é um exemplo perfeito. Jobs não é formado em nada, mas lidera a Apple de uma forma incrível, entusiasta e inovadora. Simplesmente admirável! Se você for como Jobs, realmente não precisa de um diploma para ter sucesso, mas, se for um simples mortal, aprenda a ser um sensacional auto-didata ou realmente esteja disposto a estudar um pouquinho para se tornar um bom profissional.

Estudar comunicação vai te mostrar que não basta saber usar o Photoshop e conhecer linguagens html para realizar bons trabalhos. Dominar as ferramentas não quer dizer que você terá criatividade, bom senso, estética ou saberá algo de cor, contraste, useabilidade, navegabilidade, comportamento do consumidor e milhares de outras coisas. Construir um site vai muito além de saber usar o Dreamweaver.

Aliás, na minha opinião, saber usar as ferramentas é só um detalhe no processo, afinal, “uma idéia vale mais do que mil palavras” (ou mil ferramentas).

Obviamente algumas empresas contratam profissionais assim, despreparados. Isso porque elas, as próprias empresas, estão despreparadas. Ainda falta cultura para valorizar a arte e a comunicação como profissão e respeitar os profissionais desse setor como reais conhecedores do assunto.

Ainda se contratam maus profissionais de comunicação, olhando-se apenas a questão financeira imediata: bons profissionais custam caro, maus profissionais vendem-se por pouco. Mas será que no final das contas esse retorno, a princípio positivo, sobre investimento é real?

Já dizia Pablo Picasso, “Alguns pintores transformam o sol em mancha amarela. Outros transformam a mancha amarela em sol”

Já vi muitos casos de empresas que contataram esses profissionais despreparados e investiram em grandes quantidades de impressão de malas-diretas e não tiveram um único retorno. Sabe o que aconteceu? Ninguém entendeu o conteúdo da comunicação, embora a peça estivesse impecavelmente colorida e destacada.

Já vi casos de empresas que contaram webdesigners para desenvolver seus sites e geraram lindos visuais, às vezes atrativos até demais na telinha do computador, com Flash e mil elementos piscando em um curo espaço de pixels. Sabe o que aconteceu? O site não registrava os visitantes, não fazia corretamente as estatísticas dos visitantes, links acessados, etc. Outro não possuía a menor noção de navegabilidade e irritava os usuários com tantos cliques para se chegar às informações básicas.

O resultado para empresas que contratam esses profissionais despreparados, esses que transformam o sol em mancha amarela, é sempre o mesmo: economiza-se no princípio da comunicação e gasta-se muito, mas muito mais para consertar toda a trapalhada.

Amar a comunicação é também valorizar talentos ligados a ela

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sou a favor de divulgar talentos, sempre. Não sou o tipo de pessoa que escreve apenas sobre si mesmo e o próprio trabalho. Tenho muito para mostrar, sim, mas também tenho muito a aprender também.

Acho que o mundo é enorme e para todo talento há um lugar ao sol, por isso, quando decidi criar este site, cujo intuito era divagar sobre comunicação, decidi também que seria importante valorizar todo o tipo de comunicação e, obviamente, não só a minha, afinal, comunicação é mais abrangente do que uma pessoa só. E, quando surgirem na minha vida outros talentos que valham a pena ser mostrados, eles estarão aqui.

Hoje coloco em destaque o trabalho de Caio Cacau para a revista Mundo dos Super-Heróis #20 cuja capa, desenhada por vira um poster bem bacana.

Vale a pena ver também todos os detalhes dessa criação:

Lindo trabalho, principalmente para quem é fã de HQ!

Dá para acreditar?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Hoje em dia, se falarmos em “comunicação”, logo se pensa em meios digitais para viabilizar esse contato entre emissor e receptor, mas muita gente ainda usa da criatividade do bom e velho papel como meio para a mensagem.

Outro dia conheci o site da artista Yulia Brodskaya e achei sensacional o trabalho dela.

Yulia Brodskaya já fez trabalhos com papel para clientes como: The Guardian, The New York Times, WIRED, Nokia e Starbucks.


Nesse admirável mundo novo, o que mais chama a atenção hoje é justamente o antigo. Dá para acreditar?

Outros trabalhos da artista você pode ver no site: www.artyulia.com